quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A quem interessa extingui a Policia Militar!

Ffff

Pela extinção da PM

No final do mês de maio, o Conselho de Direitos Humanos da ONU sugeriu a pura e simples extinção da Polícia Militar no Brasil. Para vários membros do conselho (como Dinamarca, Espanha e Coreia do Sul), estava claro que a própria existência de uma polícia militar era uma aberração só explicável pela dificuldade crônica do Brasil de livrar-se das amarras institucionais produzidas pela ditadura.
No resto do mundo, uma polícia militar é, normalmente, a corporação que exerce a função de polícia no interior das Forças Armadas. Nesse sentido, seu espaço de ação costuma restringir-se às instalações militares, aos prédios públicos e aos seus membros.
Apenas em situações de guerra e exceção, a Polícia Militar pode ampliar o escopo de sua atuação para fora dos quartéis e da segurança de prédios públicos.
No Brasil, principalmente depois da ditadura militar, a Polícia Militar paulatinamente consolidou sua posição de responsável pela completa extensão do policiamento urbano. Com isso, as portas estavam abertas para impor, à política de segurança interna, uma lógica militar.
Assim, quando a sociedade acorda periodicamente e se descobre vítima de violência da polícia em ações de mediação de conflitos sociais (como em Pinheirinho, na cracolândia ou na USP) e em ações triviais de policiamento, de nada adianta pedir melhor "formação" da Polícia Militar.
Dentro da lógica militar, as ações são plenamente justificadas. O único detalhe é que a população não equivale a um inimigo externo.
Isto talvez explique por que, segundo pesquisa divulgada pelo Ipea, 62% dos entrevistados afirmaram não confiar ou confiar pouco na Polícia Militar. Da mesma forma, 51,5% dos entrevistados afirmaram que as abordagens de PMs são desrespeitosas e inadequadas.
Como se não bastasse, essa Folha mostrou no domingo que, em cinco anos, a Polícia Militar de São Paulo matou nove vezes mais do que toda a polícia norte-americana ("PM de SP mata mais que a polícia dos EUA", "Cotidiano").
Ou seja, temos uma polícia que mata de maneira assustadora, que age de maneira truculenta e, mesmo assim (ou melhor, por isso mesmo), não é capaz de dar sensação de segurança à maioria da população.
É fato que há aqueles que não querem ouvir falar de extinção da PM por acreditar que a insegurança social pode ser diminuída com manifestações teatrais de força.
São pessoas que não se sentem tocadas com o fato de nossa polícia torturar mais do que se torturava na ditadura militar. Tais pessoas continuarão a aplaudir todas as vezes em que a polícia brandir histericamente seu porrete. Até o dia em que o porrete acertar seus filhos.
VLADIMIR SAFATLE escreve às quartas-feiras nesta coluna.

Comandante da Polícia Militar de MS repudia artigo sobre fim da PM

CARLOS ALBERTO DAVID DOS SANTOS,
COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO MATO GROSSO DO SUL (CAMPO GRANDE, MS)
Venho a público repudiar o artigo do professor da USP Vladimir Safatle intitulado "Pela extinção da PM", em solidariedade e respeito a todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Polícia Militar do Estado de São Paulo.
O autor deixa visíveis sinais de que desconhece completamente a prática policial no seu cotidiano e a importância das polícias militares para o Brasil, em especial para o Estado de São Paulo --com 41 milhões de habitantes distribuídos em 645 municípios, ordenados por pouco mais de 100 mil policiais militares que diuturnamente arriscam suas vidas para garantir a vida e a integridade física e moral de outras pessoas.
Sabemos que a generalização de fatos, opiniões e julgamentos é responsável por inúmeras e irreparáveis injustiças. Certamente a Polícia Militar do Estado de São Paulo, como toda e qualquer instituição pública ou privada, tem aqueles que não honram e não cumprem os deveres estabelecidos e que, obviamente, precisam ser identificados e ter a eles atribuídas as responsabilidades de seus atos indevidos, ilegais, imorais e ilícitos.
Mas é injusto resumir todo o trabalho de uma instituição ao ato indevido de alguns de seus membros. Se a práxis fosse a de extinguir-se toda instituição que tivesse pelo menos um de seus integrantes envolvidos em atos não condizentes com a conduta ideal prevista, certamente nenhuma instituição brasileira permaneceria de pé, porque são compostas por seres humanos, passíveis de erros.
Os erros existem, precisam ser reparados, corrigidos, os responsáveis, punidos, mas as instituições e suas histórias precisam ser preservadas e respeitadas. Não se pode macular a imagem da Polícia Militar do Estado de São Paulo --que ano após ano serve ao povo paulista-- por atitudes isoladas de alguns de seus membros.
Tampouco se pode fomentar irresponsavelmente, em razão de episódios pontuais, a extinção de uma instituição dessa magnitude, sob pena de estar penalizando a própria sociedade, plantando nela o receio de se ver órfã de um de seus maiores aliados frente à criminalidade.
É bom que se esclareça definitivamente o que o Conselho Nacional de Comandantes-Gerais já o fez em tempo oportuno. A ONU, em momento algum, sugeriu a supressão das polícias militares do Brasil; o que houve foi uma interpretação errônea da Minuta do Relatório do Grupo de Trabalho do Conselho de Direitos Humanos, do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, sobre a Revisão Periódica Universal referente à sua 13ª sessão, divulgado em 30 de maio de 2012.P
A recomendação da ONU propõe, na verdade, que o governo brasileiro trabalhe para abolir um dito sistema separado de Polícia Militar. Tanto é verdade essa interpretação que o mesmo documento recomenda ao Brasil que estenda a outros Estados da Federação a experiência do Rio de Janeiro de Unidades de Polícia Pacificadora, integrada por policiais militares. A excelência de uma polícia de natureza militar é atestada pela ONU quando ela, há anos, se vale de policiais militares brasileiros para treinamento de forças policiais estrangeiras em países em estabilização após guerras.
Naturalmente, concordamos que mudanças são necessárias para as instituições da segurança pública. Neste sentido, as polícias militares, de um modo geral, têm empreendido um grande esforço na busca incessante pela qualidade dos serviços prestados, especificamente a Polícia Militar do Estado de São Paulo, que sempre serviu de exemplo para outras unidades do país, especialmente no que se refere à produção de conhecimentos técnicos e procedimentos práticos de natureza policial condizentes com os princípios dos direitos humanos, isso sem falar no seu criterioso processo de seleção e treinamento.
Ao contrário do que o professor Vladimir Safatle afirma no seu artigo, vivemos um processo de plena democratização da segurança pública. Outra demonstração clara do franco processo democrático que vivem as polícias, especialmente as militares, são os modelos de polícia pacificadora ou de polícia comunitária implantados por todo o país e que se estrutura na efetiva participação social nos rumos da segurança pública. Parece que os resquícios deixados pelo período ditatorial estão muito mais presentes na mente do professor do que na prática da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que é uma instituição respeitada não só por outras instituições policiais como também pela sociedade paulista.
O Censo trouxe, sim, uma avaliação que precisa ser exaustivamente analisada por todas as instituições policiais do Brasil, porque trazem dados que apontam uma exigência cada vez maior da população em relação às suas polícias, mas que, em momento algum, indicam a necessidade de extinção de qualquer uma delas.
Não podemos negar que o Brasil colhe os frutos amargos de uma de suas piores omissões ao longo da história, a falta de investimento e valorização da segurança pública. Hoje, a sociedade brasileira, representada por suas instituições, começa a compreender que todos os flagelos sociais não administrados deságuam na segurança pública, gerando formas variadas de violência e, muitas vezes, resultando num aumento desproporcional da criminalidade.
Por outro lado, a sociedade vem compreendendo que, num Estado democrático de Direito, não há que falar em uma política séria e eficaz de segurança pública sem que haja a integração e a articulação das diferentes políticas públicas e sem o combate eficaz à corrupção, à desigualdade social e à distribuição de renda.
A PM de São Paulo, como todas as outras do país, é, sem sombra de dúvida, a instituição governamental mais próxima da sociedade paulista, especialmente das comunidades menos assistidas pelo poder público, acumulando cerca de 43 milhões de atendimento emergenciais, sendo testemunha de carências humanas mais elementares e estando ao lado do povo em seus momentos mais críticos.
Por fim, resta-me uma intrigante pergunta: a quem interessaria o enfraquecimento das instituições policiais do Brasil?
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/1129253-comandante-da-policia-militar-de-ms-repudia-artigo-sobre-fim-da-pm.shtml

-- 
******** Deus é fiel !!! *********************
Ele é a minha rocha e a minha salvação, é a minha
fortaleza, não serei abalado. (Salmo 62.6)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Greve professores do Campus de Ouricuri -Pernambuco

Os servidores técnicos administrativos e professores do campus Ouricuri realizaram no dia de hoje manifestação relativa a greve nacional dos servidores da educação. Enviamos também imagens do evento.

Mário de Almeida (Pyanelly)
Professor 
Jornalista
Radialista


Comando de greve do campus Ouricuri do IF Sertão-PE
Saiba onde tem o melhor preço antes de comprar
Saiba onde tem o melhor preço antes de comprar