sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Doenças associadas a estilo de vida matam mais que homicídios e acidentes de trânsito no Brasil

Tatiana Pronin
Editora do UOL Ciência e Saúde Em São Paulo

Doenças provocadas por fatores como sedentarismo, fumo, consumo excessivo de álcool e alimentação inadequada são a principal causa de morte no país. É o que confirmam os dados do "Saúde Brasil 2007", levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira, em Brasília, durante a 8ª Expoepi - Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças.
60% dos mortos no país são homens.
O trabalho, uma análise dos registros do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) de 2005, mostra que o grupo das doenças do aparelho circulatório - infartos, derrames, diabetes e hipertensão, entre outras - representa 32,2% do total de mortes no país. O câncer aparece em segundo lugar na lista (16,7%), seguido de causas externas, como violência e acidentes de trânsito (14,5%) e doenças do aparelho respiratório (11,1%).Entre as doenças do aparelho circulatório, o AVC (Acidente Vascular Cerebral), também chamado de derrame, é o principal vilão: representa 10% de todas as mortes registradas naquele ano. Em segundo lugar está a chamada doença isquêmica do coração, principalmente o infarto do miocárdio, que foi a causa de 9,4% do total de registros.

O Ministério da Saúde ressalta que esse perfil acompanha uma tendência mundial - à medida em que o país se desenvolve, doenças infecciosas e parasitárias deixam de ser a principal ameaça. Em 1930, doenças como malária, tuberculose e diarréia eram a causa de 46% das mortes no país, sendo que hoje representam apenas 5%. Por outro lado, as doenças cardiovasculares, que hoje lideram o ranking, provocavam apenas 12% dos óbitos naquela época.

"Problemas como AVC e infarto têm componentes genéticos, mas fatores como o estresse, a falta de atividade física e a alimentação inadequada são determinantes para a obstrução das artérias que irrigam o cérebro e o coração", explica o clínico geral Jayme Campos Viana, do Hospital Prof. Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. Assim como as doenças do aparelho circulatório, o estilo de vida também é determinante para o desenvolvimento do câncer, segunda causa de mortes no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 85% dos tumores são provocados por fatores ambientais, como alimentação incorreta, exposição intensa ao sol e consumo excessivo de álcool e tabaco.

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2008/11/06/ult5772u1406.jhtm

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

ACABOU A "MOLEZA"!!!!

A Receita Federal implantará em dois anos modelo em que contribuinte recebe o formulário já pronto, com valores.

Os 24,2 milhões de contribuintes brasileiros não vão mais precisar quebrar a cabeça na hora de preencher a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física. No prazo máximo de dois anos, eles vão passar a receber o formulário já pronto, incluindo o valor do tributo a pagar ou a restituição a receber, seguindo o modelo já usual do temido fisco norte-americano e recentemente implantado no Chile. O sistema será alimentado com informações fornecidas por seus parceiros comerciais, entre prestadores de serviço, imobiliárias e cartórios. Seu único trabalho será confirmar os dados ou fazer pequenas modificações, se necessário.

A novidade foi divulgada por Marcos Mazoni, diretor-presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Embora a Receita Federal do Brasil tenha evitado se pronunciar sobre o assunto, o corpo técnico em Brasília participou esta semana da primeira reunião do ano para discutir o Imposto de Renda para 2009. A mudança virá já na gestão da nova secretária da Receita, Lina Vieira.
Janir Adir Moreira, vice-presidente da Associação Brasileira de Direito Tributário (Abradt), calcula que a medida trará uma redução substancial na malha fina. 'A Receita já monitora todos os passos do contribuinte brasileiro e não há mais como omitir uma informação de rendimento na declaração. Se ela já tem todos os dados nas mãos para fiscalizar, por que não ajudar o contribuinte?', observa. Ele acredita que o procedimento irá poupar trabalho ao contribuinte e não irá induzi-lo a erro, já que as informações serão em boa medida repassadas por ele próprio e em seguida conferidas antes de dar o OK.

Atualmente, o contribuinte ou o contador indicado por ele tem por hábito recuperar os dados lançados na declaração de IR do ano anterior e salvar no novo arquivo, acrescentando uma ou outra alteração. É diferente do que irá ocorrer no futuro, quando as informações serão fornecidas à Receita por terceiros. 'Quando o contribuinte compra uma casa na praia e registra em cartório, o cartório hoje já emite uma declaração que irá alimentar o banco de dados da Receita. O mesmo irá ocorrer se ele prestou ou pagou por um serviço, comprou ou vendeu ações, ou trocou o carro', lembra Moreira. 'É uma via de mão dupla. Hoje quem já tem certificação ou assinatura digital no Brasil tem acesso a todos os dados da sua conta corrente fiscal. Ele consegue saber se alguém declarou qualquer valor a ele', afirma.

Fonte: Estado de Minas - Economia - Sandra Kiefer 8/8/08)
Nota do Clipping: Este assunto também foi veiculado na seguinte
fonte: Diário do Nordeste/CE
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