APROVADA A LEI DA FICHA LIMPA, PARA ONDE VAI JUAZEIRO?
17 de fevereiro, 2012
Joseph Bandeira Misael Aguilar Isaac Carvalho |
O Supremo Tribunal Federal considerou válida a Lei da Ficha Limpa. A norma deixa inelegíveis, por oito anos, políticos cassados, condenados por órgão colegiado ou que renunciaram para evitar uma punição.
A regra vale já nas eleições deste ano.
Como os Tribunais de Contas são órgãos colegiados, isso significa dizer que os políticos cujas contas tenham sido rejeitadas pelo TCM devem ficar fora do pleito de 2012.
Em Juazeiro(BA), o caso é mais que grave. De acordo com o TCM (ver tabela abaixo), desde 2004 que a maldição das rejeições de contas públicas tornou-se marco na política juazeirense.
Em 2004, o então prefeito Joseph Bandeira(PT) teve suas contas rejeitadas. Sendo retroativa a validade da Lei, ele está, agora, inelegível.
A mesma coisa acontece com o ex-prefeito Misael Aguilar(PMDB). Conforme dados do Tribunal, as contas de 2006 e 2008, cuja gestão era do peemedebista, foram rejeitadas, Sendo assim, ele , também, estaria inelegível.
E, para completar o quadro, o atual prefeito, Isaac Carvalho(PCdoB), viu suas duas primeiras contas serem rejeitadas pelo TCM e, mesmo recorrendo da decisão, viu o julgamento se repetir.
Isaac já declarou sua pré-candidatura à reeleição, mas, de acordo com a decisão do Supremo Tribunal, ele agora é ficha suja e não poderá ser candidato.
O que ocorrerá, então, em Juazeiro, onde ao que tudo indica, a lisura em lidar com o dinheiro público é bobagem?
A população de Juazeiro pode estar diante de uma alteração radical do quadro eleitoral em 2012.
professor Paulo Oliveira(PSOL), Márcio Jandir(PV) e Edson Tanuri(PTB)
Além desses nomes tradicionais no município, os pré-candidatos que se colocaram até agora à Prefeitura de Juazeiro são o professor Paulo José de Oliveira , do PSOL , o advogado Márcio Jandir, do Partido Verde, e o ex-secretário Edson Tanuri, do PTB.
Assim, a aprovação da Lei da Ficha Limpa para Juazeiro reflete-se com força maior que o que se pode imaginar em grande parte dos municípios.
Mas o povo ainda terá tempo para analisar o que fazer. Quanto aos políticos cujos nomes foram comprometidos com a decisão do STF, só as tradicionais manobras poderão responder.
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