quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Posted: 22 Feb 2012 09:26 AM PST

RIO - Vinte e dois militares que estavam presos, acusados de liderar a greve da polícia e dos bombeiros decretada no último dia 9, foram soltos no sábado e domingo, beneficiados por habeas corpus. Os primeiros a serem libertados, na tarde de sábado, foram 11 PMs. Na noite do mesmo dia, foram soltos os sargentos Heraldo Correa Vieira, de 32 anos, e André Manoel Pontes de Matos, de 29, do 3 G-Mar (Copacabana). Neste domingo, no início da tarde, nove bombeiros ainda detidos ganharam a liberdade. Mas um erro de digitação no mandado judicial atrasou a saída do cabo Benevenuto Daciolo, um dos principais líderes do movimento, que não pôde deixar a prisão. Os habeas corpus foram assinados pelo desembargador Adolpho Corrêa Andrade Mello Júnior.

Os militares considerados líderes da greve tinham sido levados para o presídio de segurança máxima Bangu 1, o que provocou reação de parentes, que pediam a transferência dos presos para unidades de sua própria corporação. O assunto também mobilizou parlamentares da Assembleia Legislativa e da Câmara dos Deputados. Na quinta-feira feira passada, a Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) informou que os militares tinham sido transferidos na noite de quarta-feira: os bombeiros para o Grupamento Especial Prisional (GEP), em São Cristóvão, e os PMs, para batalhões da corporação.

Paralisação foi suspensa no dia 13 passado

O advogado Raul Lins e Silva, que recorreu à Justiça pedindo habeas corpus para todos os bombeiros, explicou no domingo a decisão do desembargador Adolpho Corrêa.

— O desembargador entendeu que não havia mais necessidade de prisão preventiva, porque a ordem pública e a paz social já estavam restabelecidas — disse ele.

Todos tinham sido presos preventivamente por liderarem a paralisação das categorias, aprovada em assembleia na Cinelândia, no dia 9, à qual compareceram cerca de duas mil pessoas — o Rio tem, no total, cerca de 70 mil PMs e bombeiros. A paralisação foi suspensa no dia 13, em assembleia na Lapa, com cerca de cem pessoas.

O movimento, que começou fraco no Rio, já vinha dando sinais de que estava perdendo ainda mais força. No dia 11 deste mês, o diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindipol), Francisco Chao, anunciou que a corporação tinha suspenso a sua participação na paralisação. A declaração causou reação de Fernando Bandeira, presidente de outra entidade da categoria, o Sindicato dos Policiais do Rio de Janeiro (Sinpol), que rejeitou a decisão anunciada por Chao.

No dia 12, um ato organizado por policiais militares e bombeiros para protestar contra a prisão dos líderes da greve reuniu cerca de 200 pessoas apenas na Avenida Atlântica, em Copacabana. A caminhada que estava programada não foi realizada.

Conselho vai analisar conduta de três PMs

Apesar de os grevistas terem sido soltos, três PMs correm o risco de ser expulsos. Como informou a Secretaria de Segurança, na quarta-feira passada, o secretário José Mariano Beltrame assinou o processo de instauração de um Conselho de Justificação para verificar a conduta de um cabo e dois coronéis, acusados de “conclamar e incitar a paralisação de PMs, policiais civis e bombeiros”.

Fonte: bizudepraça.com  




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