O período da ditadura militar no Brasil foi marcado pela forte repressão a todo tipo de manifestação popular, artística, cultural, política, etc.
O direito de ir e vir estava condicionado ao livre talante dos governantes, respaldados pelo “famoso AI-5” que tornava a autoridade Presidencial plenipotenciária, ainda que o não fosse.
As greves e movimentos sociais em pról da liberdade e da democracia eram violentamente sufocados resultando em espancamento e prisão arbitraria tudo em nome da democracia e contra os inimigos da Nação Brasileira.
Como em um jogo virtual, o inimigo também era criado na mente daqueles que dirigiam a carroça democrática. Mas isso todo mundo já sabe. Hoje nós convivemos com os mesmos problemas em dimensões diferentes, novos heróis, novos vilões, mas continua o câncer da corrupção, da mentira, de imagens de personalidades construídas meticulosamente pelo marketing pessoal e político.
E apesar da divulgação de informações dos direitos e deveres individuais e democráticos, continuamos vendo os direitos à educação, à vida, segurança, liberdade, saúde, ameaçados e desrespeitados em muitos casos.
Em nome da liberdade, do respeito ao direito do cidadão, castram-se o direito de ir e vir livremente.
Na ponte Presidente Dutra, BR 407, que liga duas importantes cidades do nordeste brasileiro, (Juazeiro – Petrolina), tem sido palco preferido de toda sorte de manifestações, legítimas ou não. Interditam o acesso à ponte, impedindo e FERINDO o direito Constitucional de ir e vir livremente.
Às vezes fica interditada por mais de 8horas, causando um caos no transito, perturbando a vida de centenas de pessoas que dependem da ponte para ir ao trabalho, (Juazeiro/Petrolina vice-versa); alunos que são impedidos de ir às escolas; pacientes que perdem consultas médicas que tiveram de esperar por elas até um mês ou mais; médicos que são obrigados a suspenderem os atendimentos por estarem impedidos de chegar ao hospital e proceder às consultas; comércio prejudicado, principalmente se depender de entrega ou recebimento na cidade vizinha, etc.
O que não dizer dos quilômetros de engarrafamento, onde mulheres, crianças e idosos são obrigados a permanecer dentro de ônibus interestaduais por quase oito horas, sem água, sem comida, submetidos a um sol escaldante como o nosso, numa temperatura que varia de 38º a 41º graus.
Os caminhoneiros que transportam as cargas do progresso desta nação, longe de casa há vários dias, e ficam impedidos de seguir viagem, amargando prejuízos com cargas perecíveis, sem se falar no nível de estresse a que são submetidos.
Denuncie, cobre das autoridades o respeito ao cumprimento das leis, faça manifestação, etc., porém, pense na comunidade como um todo, respeite o direito dos outros.
A propósito, a ponte está passando por reformas, o transito já é lento, não precisa interditar a ponte para encher ainda mais o saco!
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