Desde sexta-feira (28), os policiais civis da Bahia, oficializaram a greve que continua causando transtorno no Estado.
São 520 delegacias, segundo os jornais, que aderiram ao movimento grevista. Somente em Salvador, 28 homicídios foram registrados durante o fim de semana, fora os números ainda não computados no interior do Estado.
A população fica sem segurança. Se o atendimento nas delegacias já era deficiente, instalou-se agora o caos, e marginais aproveitam para fazer os arrastões, enquanto que a Policia Militar tentando conter a situação, passa horas e horas na Delegacia para registrar um flagrante, chegando a alguns casos a esperar até 04h00minhoras para lavratura do flagrante, obrigando assim a PM a paralisar os seus serviços esperando nas delegacias para o encaminhamento legal das ocorrências.
O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) decidiu que 30% dos quase 6 mil policiais civis continuarão trabalhando durante a greve para prestar serviços essenciais como levantamento cadavérico e registro de homicídio. Os demais serviços estão suspensos.
O aumento de 4,46% oferecido pelo governo do Estado, foi rejeitado pela categoria.
Enquanto o Governo que há pouco tempo apoiava as greves e achava justas as reivindicações de policiais civis e militares, chegando a exibir na campanha os contracheques de policiais e professores, agora foi rápido em conseguir na justiça a decretação da ilegalidade da greve.
Esperamos que a população que já não agüenta mais a falta de segurança em que vive no dia a dia, não sejam mais uma vez penalizada, pagando como sempre, o preço da falta de uma política pública voltada para a segurança do cidadão.
O Instituto Médico Legal (IML) da capital baiana também foi afetado pela paralisação
Que se crie políticas públicas e não política de governo A ou B, pois cada um que assume o poder, só pensa em se perpetuar nele.
Está na hora de repensar a segurança em termos de políticas públicas, e não à privatização da segurança que só favorece a grandes grupos econômicos.
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